Depois de um tempo sem pedalar para longos destinos, partimos para Paranapiacaba (Wesley, Adriano, Nivannino, companheiros desta aventura que deixou marcas).
Passamos pelo Parque do Estoril, e prosseguimos na Caminhos do Mar, era tanta rodovia a nossa frente, cercados por matas, que já estávamos mais do que desgastados e ansiosos pela chegada, e enfim chegamos a Rio Grande da Serra \O/ ainda faltavam mais 12km até o destino final e tão esperado e suado para conquistarmos, depois de muitas, mais de muitas pedaladas mesmo, chegamos a parte alta, com sua construção Portuguesa, simples e ao mesmo tempo tão rica, assim como a construção da parte baixa, caracterizada pelos ingleses, cada uma com sua particularidade, os moradores fazem o possível para manter a originalidade e até mesmo as construções que parecem mais demolições, porém é a história da cidade que eles lutam para manter.
Chegamos, abastecemos os cantis, e fomos explorar a cidade, realizamos um Cit Tour, em um ônibus com um sistema de áudio já bem usado, porém o nosso motorista nos indicou com conhecimento de morador os atrativos da cidade, nos contou a historia brevemente, foi interessante, para quem nunca foi a cidade e não sabe por onde começar, tá ai um bom inicio, depois que desembarcar, basta ir aos pontos que mais chamou a atenção, ou a todos.
Como não estávamos com muito tempo, e somos fascinados por aventuras, resolvemos ir com o Guia Leo, realizar a Trilha (procurar o nome), então lá fomos nós e um grupo de pessoas que procuravam uma distração pela cidade e resolveram embarcar nessa de calça jeans, sapatilha e tudo mais...
Trilha de nível médio, pra quem foi pedalando de SP até Paranapiacaba, nos saímos bem, não nos desgastamos como imaginara, ao longo da trilha, o Leo nos auxiliou e informou sobre curiosidades da cidade, como a lenda do “Véu da Noiva”, onde a neblina típica da Serra, passou a ser chamada de “Véu da Noiva”. Conseguimos visualizar bem pouco a cidade de Cotia, por conta da sua imensa poluição, não conseguimos ver adiante dela o litoral Sul de SP.
Alguns escorregões aqui, outros ali, risadas e zuações a parte, abastecemos novamente os cantis em uma fonte (Piadinha s/ graça... “Isso sim que é água diretamente da fonte”.) , prosseguimos, para chegar ao destino, a cachoeira.
Claro que nos distanciamos do grupo para explora-la até aonde conseguimos, depois resolvemos fazer um piquenique em meio às quedas d’água e toda esplendida Mata Atlântica.
Encontramos pegadas de felinos, aprendemos que para intimidar um animal é preciso mostrarmos que somos maiores que ele, levantando os braços, ficando nas pontas dos pés, e deixar nossos dentes visíveis, bem selvagem mesmo, se quisermos preservar nossa vida ao se depararmos com algum deles.
Reparei que o Guia não levava equipamento nenhum de primeiros socorros, ele informou que nunca ocorreu nenhum acidente, mas por precaução e por via das duvidas, aprendi que é bom sempre termos um kit básico que seja em mãos.
Graças a Jah, não ocorreu nada de grave, apenas bati minha cabeça na árvore, o Adriano resolveu pular em um lugar escorregadio e caiu d 4 apoios, talvez 5. (rs) Wesley parecia que havia abastecido seu cantil na fonte da Cachaça e o Nivannino apenas sofreu alguns escorregões.
Nossa intenção era de voltarmos para SP, às 17h, porém acabamos saindo de Paranapiacaba às 18h, já estava escurecendo, e rodovia não tem um vagalume pra iluminar, e nós despreparadíssimos, não usamos equipamentos de segurança p/ bike, nem para nós mesmos.
Conclusão: Eu acabei me acidentando, sofri umas escoriações, fiz um galo na testa, cortei a boca, queimei meu braço esquerdo (Graças a Deus o asfalto não estava quente) e ai está à importância de carregar sempre um kit de primeiros socorros, que seja básico.
O Adriano e o Nivannino me ajudaram a realizar os procedimentos de primeiros socorros. Ainda bem que o Adriano é formado em Ed. Física, pois para Enfermeiro, ele não tem vocação, percebi quando ele colou o adesivo do band aid sob a ferida. Sorte que com o sangramento soltou.
Depois dos primeiros socorros realizados em mim, fomos dar uma atenção a bike, que ficou toda torta...
Tivemos que continuar pedalando até chegar em Rio Grande da Serra, e como os meninos me disseram, depois da queda, acabei agilizando nas pedaladas (rs), quanto ao Wesley, não viu nada, pois havia se distanciado de nós e ficou nos esperando em um ponto de ônibus, o encontramos uns 15m. depois do acidente.
Chegando em Rio Grande da Serra, embarcamos no trem para SP, e fizemos toda baldeação até chegarmos no Grajaú, com todo pessoal das estações pensando que eu havia tentado me matar, pela expressão que faziam ao me ver. Após a chegada ao Grajaú, pedalamos mais um pouco até chegarmos a Pizzaria perto de casa e pedir uma pizza. O dia só poderia acabar em pizza né?!